QUEM DERRUBOU O SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO?
Solenidade de lançamento das Escolas Compartilhadas do Distrito Federal e Operação Volta às Aulas em fevereiro, no Centro Educacional 01 (Estrutural) | Foto: Renato Alves / Agência Brasília |
Com a motivação
pela saída do Secretário de Educação vemos mais uma vez que a educação do DF é
sobremodo partidarizada e com o foco somente nos professores e profissionais da
educação. Essa situação tem que mudar, o foco tem que ser nos alunos e nos
resultados da educação. Nem que para que isso Ibaneis tenha que lançar mão da
contratação de professores via Organizações Sociais. Aliás, um dos pontos da negociação pelo fim da única greve de
professores em 2017, a não terceirização.
Não há milagres,
temos que contar com ações contundentes do governo, principalmente para a
situação de recessão e escassez de recursos em que vivemos. São os mais
diversos problemas que a situação socioeconômica e a desigualdade social gera
no ambiente das escolas, principalmente as que estão nas áreas de maior vulnerabilidade
social. Essa realidade não se muda no longo prazo. A violência escolar, a falta do respeito para
com os professores, o bullying, a indisciplina e as constantes paralisações e
greves são a causa do baixo rendimento escolar e, por fim, a evasão escolar.
O projeto da gestão
cívico-militar nas escolas públicas do DF é, a nosso ver, uma ação de governo
emergencial para a situação de recessão econômica instalada no DF e no Brasil. Além
disso, a iniciativa está baseada em evidências e experiências em outras escolas
do Brasil e do mundo! Não é só no Brasil que temos ensino militar.
A situação ideal
que o Sindicato dos professores defende, qual seja, de mais investimentos e
aumento do policiamento, não é possível no momento. Todos nós gostaríamos de
ter um ensino de primeiro mundo, mas para isso é preciso um ambiente escolar
com muita disciplina e alunos focados e isso não existe em nenhuma escola da
rede pública de ensino e em muitas escolas privadas de primeira linha também.
Sem disciplina e foco não há resultado em nada que se faz na vida, muito menos
na educação.
Conhecer o contexto político e saber lidar com ele é crucial. É importante saber que há limites para o diálogo quando se quer implementar alguma política pública ou ação de governo, pois no caso um lado não cede, mas a população e os pais e alunos, em sua maioria, apoiam as ações inéditas do Governador Ibaneis Rocha.
Assim, a acusação feita
ao Governador de que não reconheceu as votações nas duas escolas que “rejeitaram”
o novo modelo, pois teria sido feita de forma democrática, comporta uma análise
mais profunda. É fundamental conhecer a origem, motivação e contexto político da legislação
educacional local, a exemplo da Lei de Gestão Democrática 4.751/2012.
Entendemos que a LGD tem que ser reformulada. Um
dos erros é achar que a lei distrital pode permitir que menores de idade votem para
aceitar ou rejeitar a implementação de política pública voltada para uma escola. Isso é no mínimo inversão de
valores, pois que responsabilidade têm essas crianças para fazer uma escolha
tão séria? Uma coisa é a democracia, outra coisa é o engessamento das ações de
governo. No limite, foi a interpretação errônea da lei que fez cair o
Secretário de Educação.
ASPA-DF
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