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quarta-feira, 25 de julho de 2018

BRASIL, O PAÍS DAS COTAS DESDE SEU DESCOBRIMENTO!

ITA, IME E AS FORÇAS ARMADAS SERÃO OBRIGADAS A ADERIREM À POLÍTICA DE COTAS!
Passar para uma faculdade de excelência como o ITA e IME, as poucas que ainda existem, além de algumas faculdades de medicina, agora passou a ser uma loteria! Por essa razão, um alerta que fazemos aos pais é que dosem a cobrança e a pressão sobre seus filhos, pois nem sempre não passar é uma questão de não ter estudado o suficiente. Na verdade, é uma questão matemática e de probabilidade.

Inegável que o sistema de cotas, em alguma medida, ajuda a reparar algumas questões históricas, mas não seria tão injusto para com os alunos não cotistas e para as boas faculdades se os alunos cotistas tivessem uma educação pública e privada de qualidade (quase nunca estudar numa escola privada é sinônimo de aprovação).




Entretanto, agora as escolas conteudistas ganham maior importância, pois se o interesse do seu filho for uma dessas instituições não existe milagre, mas trabalho extra duro, pois a concorrência vai aumentar de forma muito desproporcional, pois a régua da competição será abaixada para permitir que alunos menos preparados consigam galgar uma vaga nessas instituições.

É urgente e preciso elevar o nível de preparo das escolas, tanto públicas quanto privadas para não afetar também a qualidade do ensino superior. A formação continuada dos professores deve ser o maior alvo antes de se pensar em melhoria salarial, mas esta tem que vir também para os professores de acordo com sua formação e seus desempenhos. A cobrança por resultados e consequente premiação (meritocracia) da categoria deve ser incentivada.

Infelizmente a reforma do ensino médio não será uma realidade em médio prazo. Isso porque o momento político em que se deu e o forte corporativismo de educadores impedem que tenhamos uma reforma do currículo com enxugamento de conteúdos, como ocorre e países de primeiro mundo, onde o foco é sempre nas habilidades e competências do estudante.

Enfim, o jeito então será o estudante continuar a encarar os 13 componentes curriculares e morrer de estudar, para participar de uma prova desigual, esperando que a sorte, a probabilidade e pequenos deslizes de candidatos fortes os façam acertar na loteria e alcançar uma vaga em uma universidade menos aparelhada politicamente e de renome.

Luis Claudio Megiorin
Advogado, Presidente da ASPA-DF, Presidente da Comissão de Educação da OAB-DF e membro do Conselho de Educação do DF.  

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