Autoridades e Especialistas da Educação
O presidente do Conselho de Educação do Distrito Federal, Mário Sérgio Mafra, afirmou que acompanhou “de perto toda essa perspectiva dos surdos sendo integrados na escola convencional e formando em nível superior. O que estamos fazendo é o resgate da importante educação para essas pessoas que tanto precisam da escola e assistência”.
Diretora de políticas de
educação especial do Ministério da Educação
(MEC), Patrícia Raposo conta que o
tema é importante para dar visibilidade à questão da educação dos surdos. “No
momento em que a Ordem dos Advogados do Brasil traz à tona esse tema dos
desafios da educação dos surdos no Brasil, a ação se torna intersetorial cada
vez mais nas políticas brasileiras, entendendo que todos os segmentos da
sociedade devem participar das finalidades da educação”.(redação Ascom oabdf)
Dra. Márcia Rocha,
Promotora de Justiça da Promotoria de Defesa da Educação –PROEDUC/MPDFT, destacou
a importância da efetiva inclusão na educação, uma luta constante da PROEDUC
que está atenta às demandas das pessoas surdas, apesar de muitas leis que
asseguram seus direitos. Falou da dificuldade de uma criança no primeiro dia de
aula em uma escola que não tenha professores e outros profissionais com
capacidade de ajudá-la a se comunicar. Disse que os professores envolvidos com
a educação das crianças surdas têm que ter a capacidade e expertise de se
comunicar, pois isso é um direito basilar da pessoa surda. Reforçou também que
os concursos públicos devem priorizar os intérpretes de libras, professores
surdos, pois, no seu entender, são esses que têm a maior capacidade de se
comunicar com as pessoas surdas, em libras.
O Professor Antônio Vítor Gomes Leitão, Coordenador da
Promoção de
Direitos de Pessoas com Deficiência - PROMODEF, ressaltou a
importância da OAB-DF, na luta pela pessoa com deficiência. Leitão foi um dos
responsáveis pela criação da Escola Bilíngue em Taguatinga e disse que o
projeto original era para que fossem criadas mais três escolas: uma no Plano e
outras duas em outras cidades, mas falta a regulamentação do Decreto e a
efetiva construção dos espaços. Falou também da importância da inclusão dos
deficientes no mercado de trabalho, para que haja a verdadeira inclusão, não
pela força da lei, mas pela conscientização, aceitação e acolhimento das
pessoas com deficiências. Disse que falta a acessibilidade de comunicação para
as pessoas com surdez, para que o afeto se sobreponha a qualquer outro
sentimento, na perspectiva que nada é caridade e nada é castigo, tudo é
oportunidade.
Fatima Ali Abdalah abdel Cader Nascimento, Doutora em surdocegueira, discorreu, em veemente discurso, sobre a surdocegueira e destacou em sua fala a falta de políticas públicas e de sensibilidade de todos os setores da sociedade para com esse público especial, os surdocegos, que são sujeitos de direito e têm que ter garantidos o seu direito de ir e vir a qualquer espaço da sociedade, seja shoppings, cinemas e outros. Entretanto, para que isso ocorra é preciso que os surdocegos, dentre outras necessidades, sejam capacitados para se locomoverem e ter à sua disposição guias-intérpretes a fim de proporciona-lhes segurança e tradução do mundo ao redor dessas pessoas.
ALGUMAS PARTICIPAÇÕES DOS SURDOS
Houve um momento especial em que vários surdos, surdocegos, oralizados e sinalizantes revezaram-se no palco expondo, perante as autoridades presentes, suas necessidades e reivindicações quanto à inclusão e acessibilidade plenas.
Na opinião do Dr. Paulo Sugai, surdo oralizado, que foi um
dos mediadores do evento, membro da Comissão dos Direitos das Pessoas com
Deficiência e Diretor Jurídico da Associação de Surdos Oralizados de Sugai, “o
evento foi importante para reforçar a diversidade e gerar união dos diversos
grupos de surdos no universo da surdez, para fortalecer esses grupos perante os
órgãos públicos a fim de que as políticas públicas sejam implementadas de
acordo com a
O Professor de Libras da UnB e doutorando Messias Ramos,
Diretor de
Políticas Educacionais da FENEIS, destacou a importância do evento,
pois foi singular com relação a outros similares que participou, visto que a
OAB-DF abriu um espaço importante, colocando todos os surdos como
protagonistas. Para o Prof. Messias, os surdos não podem ser pautados pelas
pessoas ouvintes que têm baixa compreensão da complexidade do universo surdo e
de sua cultura. Ressaltou a importância de se resgatar e firmar a identidade
surda e sua língua principal: as libras.
Iury Ermenegidio, estudante da UnB de libras e português como
segunda língua, que representou os surdocegos do DF, expôs a dificuldade que os
surdocegos brasileiros encontram a partir da família e com professores que não
são preparados para lidar com esse grupo de pessoas. Falou da luta de vários
tipos de surdos que, como ele, têm o desejo de estarem firmes no aprendizado!
O evento contou ainda com a participação dos seguintes representantes:
Profa.
Elemregina Moraes (professora da SEEDF/Centro de apoio aos Surdos, Vice-Presidente
da Associação Brasileira de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos APADA - e Membro da Associação Brasileira de
Pais e Amigos de Surdocegos e múltiplos deficientes sensoriais - ABRAPASCEM), Francisco Eduardo Coelho da Rocha
(Presidente da Federação Nacional de
Integração dos Surdos – FENEIS), dentre outras.
EQUIPE DA COMISSÃO DE
EDUCAÇÃO ORGANIZADORA DO SEMINÁRIO.
Dra. Anapaula Carreira Mancini – Secretária-Geral da Comissão
de Educação da OAB-DF.
Dra. Luciana Formaggio – Secretária-Geral Adjunta da Comissão
de Educação da OAB-DF.
Dra. Danielle Glielmo – Membro da Comissão de Educação da
OAB-DF.
Dra. Marinete Paz – Membro da Comissão de Educação da OAB-DF.
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