A FALTA DE
DISCIPLINA NAS ESCOLAS
E A
EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA
plenarinho.leg.br |
Chame do que quiser: Educação Moral
e Cívica, Cidadania Moral e Ética (PLS 2/2012, projeto que tramita no Senado),
o certo é que a maioria dos pais/contribuintes que bancam os sistemas de ensino
são favoráveis a que mais rigor e disciplina sejam implementadas nas escolas,
públicas e privadas. (veja
enquete do Eu, Estudante do CB). Não à toa o Deputado Raimundo Ribeiro
emplacou a Lei 6.122/2017, que instituiu a nova disciplina nas escolas públicas
e privadas do DF, cuja constitucionalidade está sendo questionada pelo GDF.
O Sindicato das Escolas
particulares e SEEDF argumentam que o tema já é discutido sobejamente nos
currículos. Entretanto, isso não é suficiente para convencer às pessoas que há
efetividade nesse ensino transversal e interdisciplinar. Isso porque, a julgar
pelo comportamento indisciplinado, desrespeitoso de parte dos alunos das duas
redes, no ambiente escolar, esse ensino não se faz sentir intra e extramuros.
Ainda ontem, conversava com uma
professora de uma escola pública que me pedia orientação como agir com a
questão da indisciplina de sua turma e, mais especificamente de um aluno, de 11
anos, que a desrespeitou. Perguntei a ela sobre o tal do Currículo em Movimento
da SEEDF, se não dava conta de ajudar na disciplina na escola, sendo respondido
que isso era um engodo!
Ora, a coisa está tão feia para o
lado dos professores que não são respeitados como autoridades máximas dentro da
escola, que não vemos como doses homeopáticas de cidadania, moral e ética podem
dar resultados. O ideal seria mesmo uma disciplina à parte, sem impedir a transversalidade
para que o tema seja sempre lembrado aos pupilos interdisciplinarmente. O argumento
de que a BNCC não prevê a disciplina não é desculpa, pois existem ainda os 40%
da parte diversificada onde a EMC ou coisa que o valha poderia ser encaixada e
o DF sairia na frente, dando exemplo para todo o Brasil, o que nunca acontece!
Ao que nos consta, hoje poucas
escolas públicas e privadas fazem um momento cívico ou, se fazem, ocorre esporadicamente.
Daí estamos criando também uma geração apátrida, que só se sente brasileira a
cada quadriênio. E, pelo visto, até esse sentimento não nos pertence mais!
Como pais/contribuintes exigimos
resultados do ensino, mas como ter bons resultados se não há disciplina nas
escolas? Existem escolas que podem tudo: namorar, usar celular até dentro de
sala de aula, praticar bullying, agredir professores, dentre outras coisas
piores, mas estudo mesmo, poucos querem saber. O condicionamento para estudo
pesado, a exigência de comportamento, pontualidade, respeito aos professores e
colegas, isso deixamos passar. Como ter uma boa educação? Não sem motivos os
colégios mais rígidos são os que melhores têm resultados, não somente os
militares.
Enfim, é preciso, sim, pensar em educação,
moral, ética e civismo. Precisamos de um ambiente escolar bem ajustado e o
comportamento dos alunos controlados. Os pais têm também grande responsabilidade
em apoiar a escola nesse sentido. As escolas têm que ensinar aos seus alunos a
serem patriotas, a conhecerem os símbolos nacionais e cantar o Hino Nacional,
não por cantar, mas por amor à pátria. Sem esses princípios não teremos
cidadãos dignos e muito menos educação de qualidade. Claro que tudo isso deve
ser feito sem proselitismo e doutrinação política, de qualquer viés!
Luis Claudio Megiorin, advogado, Presidente da Associação de Pais e Alunos do DF - ASPA-DF, membro do Conselho de Educação do DF e Presidente da Comissão de Educação da OAB-DF
Nenhum comentário:
Postar um comentário
SUA OPINIÃO É MUITO IMPORTANTE PARA A ASPA.
POR GENTILEZA,ENVIE UM E-MAIL PARA: aspadf11@gmail.com PARA FUTUROS CONTATOS.
GRATOS.