REDAÇÃO DO ENEM
EXCELENTE DECISÃO DO STF!
A doutrina cristã tem o alcance de perscrutar o íntimo do ser humano quando diz que pecamos de 3 formas: por pensamento, palavras e por obras (atos comissivos e omissivos). Ora, nos parece que o MEC/INEP querem agir e ocupar o lugar da igreja, pois só em pensar há o cometimento do pecado e daí vem a punição ou a necessidade se pedir o perdão. Mas o INEP não perdoava, impingia o castigo de imediato, zerava a nota do candidato “pecador”! É o que ocorria com o item que do edital do ENEM que zerava a redação se o candidato, no mínimo descuido, ofender os direitos humanos.
ARTIGO
A doutrina cristã tem o alcance de perscrutar o íntimo do ser humano quando diz que pecamos de 3 formas: por pensamento, palavras e por obras (atos comissivos e omissivos). Ora, nos parece que o MEC/INEP querem agir e ocupar o lugar da igreja, pois só em pensar há o cometimento do pecado e daí vem a punição ou a necessidade se pedir o perdão. Mas o INEP não perdoava, impingia o castigo de imediato, zerava a nota do candidato “pecador”! É o que ocorria com o item que do edital do ENEM que zerava a redação se o candidato, no mínimo descuido, ofender os direitos humanos.
É obvio que não queremos que um candidato a ocupar uma vaga
em uma universidade pública ou privada seja um violador dos direitos humanos.
Mas devemos temer mais a quem não diz o que pensa, mas age, quando está na
universidade, violando, na prática, os direitos humanos, seja contra qualquer
grupo, como temos visto acontecer nas universidades brasileiras, a partir dos
trotes violentos e outros atos criminosos.
Por outro lado, vemos que se os alunos não são preparados para
escreverem um texto argumentativo de forma estruturada e com coerência e, isso
ocorre, principalmente nas escolas públicas, como exigir do aluno que não deslize
numa palavra ou frase que afete o “politicamente correto”? Isso é dar muito
poder aos examinadores e isso é uma frontal ameaça a outro direito
constitucional da livre expressão do pensamento. Sobre o assunto a Ilona também
se pronunciou recentemente. (ouça
o podcast - Redação do Enem precisa incentivar a pluralidade de pensamento
entre os estudantes).
Assim o entendimento da Ministra Carmen Lúcia, Presidente do
STF, veio ao encontro do que pensamos e defendemos:
"Não se desrespeitam direitos humanos pela decisão que
permite ao examinador a correção das provas e a objetivação dos critérios para
qualquer nota conferida à prova. O que os desrespeitaria seria a mordaça prévia
do opinar e do expressar do estudante candidato. Não se combate a intolerância
social com maior intolerância estatal. Sensibiliza-se para os direitos humanos
com maior solidariedade até com os erros pouco humanos, não com mordaça"
Cármen Lúcia STF
Na verdade, a
ideia que está por trás das recentes decisões judiciais na ação movida pelo Movimento
Escola Sem Partido é mais ampla que esse item do Enem. A liberdade de cátedra
tem limites como bem esclareceu a colunista de educação do Missão Aluno da
rádio CBN, Ilona Becskeházy, que falou sobre o Movimento E.S.P. (ouça
o podcast). Um professor não pode corrigir uma prova ou uma dissertação de
mestrado ou doutorado de forma a prejudicar um aluno que discorda da ideologia
do mestre ou da bibliografia por ele indicada. Esse entendimento também é o mesmo da Promotoria da Educação do MPDFT/PROEDUC, a Promotora de Justiça, Dra Cátia Vergara, falou recentemente, orientando os alunos, na Rádio Jovem Pan. O estudante do ensino básico ao
superior tem o direito constitucional da liberdade de pensar e criticar e se
expressar. Só não tem o direito de praticar atos que violem os direitos
humanos.
Luis Claudio Megiorin
Presidente da Associação de Pais e
Alunos do DF - ASPA-DF, Presidente da Comissão de Educação da OAB-DF e Membro
do Conselho de Educação do DF – CEDF.
Nota repercutida no Jornal Correio Braziliense de 06/11/2017, Caderno Cidades, pg. 15. Clique>
Nenhum comentário:
Postar um comentário
SUA OPINIÃO É MUITO IMPORTANTE PARA A ASPA.
POR GENTILEZA,ENVIE UM E-MAIL PARA: aspadf11@gmail.com PARA FUTUROS CONTATOS.
GRATOS.