UNIVERSIDADES PÚBLICAS PASSARÃO A TER ANUIDADE PAGAS
No site do Senado Federal consta uma enquete sobre o PLS
78/2015, de autoria do então Senador Marcelo Crivella, que visa a cobrança
de anuidade nas universidades públicas para alunos cuja renda familiar seja
superior a 30 salários mínimos. O valor da anuidade corresponderia à média do
custo per capita dos alunos matriculados em um determinado curso.
De olho no bolso dos contribuintes, pais de alunos, o
Congresso promoverá essa mudança em pouco tempo. Estima-se que cerca de 60% dos
alunos são oriundos de famílias que podem arcar com os custos da anuidade, além
dos impostos que pagaram e pagam para manter os estudantes das universidades
públicas.
Curioso notar que o corte nas verbas de educação partiu
justamente do governo Dilma Rousseff, que cortou cerca 13 bi antes de ser
apeada do governo. A decepção de muitos é que, justamente o governo que se
gabou de ter emplacado o Plano Nacional de Educação – PNE que visava
investimentos importantes no setor até o ano de 2024, começou a promover o desmanche
da educação que, agora seguirá, por força da crise econômica. Estima-se que o corte,
para as federais, já chegou a 4,3 bi!
O Correio Braziliense de ontem trouxe uma matéria perturbadora
quanto à situação da UNB, para além do sucateamento notório, insegurança,
plantação de maconha e uso de drogas dentro dos campi. Tenho certeza que a UNB
não é única. Como será que andam nossa faculdade de medicina na ESCS e nossos
Institutos Federais?
Por fim, cabe ressaltar que, tivéssemos um ensino básico
público e gratuito de qualidade, os pais de alunos não precisariam arcar com os
custos da escola por cerca de 18 anos, desde a educação infantil. Assim, a cobrança poderia ser considerada justa,
entretanto, essa não é a realidade do brasileira. Certo é que as universidades públicas
estão sucateadas e a qualidade do ensino vem caindo vertiginosamente. Enquanto
isso, as faculdades privadas com cursos de baixa qualidade proliferam-se e são
custeadas também, em parte, por nós contribuintes e pais de alunos, com os
programas de financiamento estudantil, como o FIES.
Luis Claudio Megiorin - Presidente da Aspa-DF, Presidente da Comissão de Educação da OAB-DF e Membro do Conselho de Educação do DF.
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