A Secretaria de Educação do DF
(SEDF) lançou na última sexta-feira, dia 28/08/2015, o Programa por dentro dos
Exames do Ensino Médio. O programa visa capacitar professores e preparar os
cerca de 18 mil alunos dessa etapa de ensino para enfrentarem os desafios dos exames:
Programa de Avaliação Seriada (PAS) e Exame Nacional do Ensino Médio ( ENEM).
Para o presidente da Aspa-DF, o
advogado Luis Claudio Megiorin, que assistiu ao lançamento do programa, a
iniciativa de Júlio Gregório vem ao encontro das expectativas das cobranças
feitas à SEDF quando da implantação da semestralidade no ensino médio. Na
ocasião, a ASPA cobrou do então Secretário Denilson Bento que simulados e
testes deveriam ser aplicados aos estudantes a fim de prepará-los em pé de
igualdade com os alunos das escolas privadas. Continue lendo!>Clique
“Nossa preocupação com a
semestralidade sempre foi quanto ao fracionamento das matérias que são
concentradas em um semestre e não são vistas no próximo. Assim, nosso temor é
que se os alunos não continuarem em contato constante com as matérias dadas os
conteúdos serão fatalmente esquecidos. Mas se, de alguma forma se mantiver
exercícios e simulados, num ritmo ideal, essa deficiência da semestralidade
pode ser atenuada. Cabe lembrar que as escolas que mais se destacam no Enem
ainda são as que mantêm a seriação”, destacou Megiorin.
Quanto ao enfrentamento dos exames,
até o momento, os alunos estão desorientados e não sabem como enfrentar a realidade
dos exames para o ingresso no ensino superior. Megiorin ressaltou que, mesmo
com advento das leis de cotas, muitos não passam nos exames e sobram vagas na
UNB. Isto porque a preparação vai além de se aprender conteúdos, pois se trata
de um verdadeiro funil e a concorrência é grande, mesmo dentro da Rede Pública,
pois sempre existem pessoas se preparando mais que as outras.
Para o presidente da ASPA, o programa
somente terá o resultado esperado se for implementado já no 1º ano do Ensino
Médio e, quem sabe, melhor seria com estímulos já nas séries finais do
Fundamental II. Esperar para fazer isso somente no 3º ano é temerário e, por que
não dizer, tardio. Megiorin pontua que nas escolas privadas toda a matéria
dessa etapa é dada nos dois primeiros anos e o 3º ano fica apenas para uma
revisão geral. Lembra ainda que o Enem é
aplicado antes do final do ano.
De qualquer sorte, o programa é
louvável e será mais um desafio para o Secretário de Educação Júlio Gregório,
pois é preciso, além da capacitação dos professores, a adesão à ideia por parte
dos mestres. Evidentemente outro problema emergirá: o nível e a consistência do
preparo que os alunos da Rede pública têm recebido. Certamente essa exposição será benéfica para
se saber o que queremos para nossos alunos.
Para Megiorin, assim como já temos
a ideia do que se esperar, em termos de conhecimentos básicos, dos alunos no início
do fundamental I, agora teremos mais firme a ideia do que se espera dos alunos
no ensino médio, que nada mais é que a capacidade de se saírem bem nos exames
do PAS e ENEM, pois mesmo não se tendo ideia de publicizar o desempenho dos
alunos nos simulados, a SEDF terá a exata ideia de suas deficiências.
Megiorin lembra ainda que é comum
aos alunos da Rede ingressarem em cursinhos particulares. Espera-se agora que
os alunos que não podem arcar com um curso preparatório tenham esse tipo de
apoio por parte da rede de ensino. A ênfase será dada nas redações que serão
corrigidas em convênio com a UNB e o treinamento e provas direcionadas para uma
reflexão que mostrará a proficiência dos alunos. Esses são os gargalos das
escolas públicas e muitas particulares que sequer treinam bem os seus alunos em
redação, pois não têm quem as corrigem.
Curiosamente durante o evento não
se falou em vestibulares, mas apenas no exitoso PAS da UNB e do Enem. Isso mostra
o foco correto da SEDF, que até então assistia de camarote à derrocada do
ensino médio das escolas públicas. Vale
lembrar, ainda, que a UNB pretende para o próximo ano aumentar em 25% as vagas
para o PAS, passando para 50%, com ingresso também no meio do ano. O Enem
ficará com 25% e o vestibular tradicional 25%. Lembrando que é sabido que a
melhor seleção de alunos é feita pelo PAS.
O presidente da ASPA lembra ainda que alguns ainda pensam
em um Ensino Médio lúdico, ilustrado pela música escolhida para a abertura do
evento, NÃO É PROIBIDO (do seriado Carrossel) tocada pela Orquestra a Escola de
Música de Brasília, a qual fala das doçuras e guloseimas, tais como: jujuba,
bananada, sorvete de chocolates, etc. (coisas das crianças do 3º ano do fundamental
I da novela infantil Carrossel). “Na verdade, o Ensino Médio atual está mais
para uma música de filme de terror e de ação com pouquíssima doçura. Não existe
mágica para o sucesso, são 98% de suor e 2% de talento. Se não prepararmos
nossos alunos, iremos continuar assistindo o amargor e frustração dos alunos
por não terem ingressado na universidade pública” ponderou.
ASPA-DF
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