Juro que tenho me esforçado a cada dia para trazer boas
notícias para os pais e alunos. Juro que luto com paixão para contribuir, ao
menos um pouco, com o debate sobre educação dando voz aos pais/contribuintes.
Infelizmente, por mais que me esforce para ter esperança vejo que somos
atropelados com notícias que nos fazem cair na realidade:
INÍCIO DO ANO LETIVO
DAS ESCOLAS PÚBLICAS
1 - O ano letivo nas escolas públicas de 2015 já começa
comprometido com indicativo de greve dos docentes que, em boa parte, elegeram e
apoiaram até o fim o governo passado que lhes impôs um duro golpe endossado
pelo Governo Federal, o qual até
o momento se demonstra insensível em reparar os erros do governo anterior do DF
com o qual foi conivente e apoiou até o fim. Saiba mais
Não sem razão, a imensa maioria do eleitorado do DF tem uma
rejeição que só aumenta com relação à Presidente Dilma. A depender da boa
vontade da Presidente amargaremos ainda muitos revezes. Isto porque, em busca
de apoio político, o governo está fazendo que os governadores de outros
partidos, que não apoiaram a reeleição da Presidente, fiquem com pires na mão,
a exemplo do que forçosamente fará Rollemberg e o Governador de Pernambuco. Saiba mais
O ACESSO À UNIVERSIDADE, O
QUE JÁ É DIFÍCIL, VAI PIORAR A
PARTIR DE 2016
2 – As cotas sociais e raciais somadas às cotas para negros
na UNB e em outras universidades do Brasil reduzirão drasticamente, a partir
de 2016, as vagas nas universidades pelo sistema universal. Isso
significa dizer que os pais que hoje pagam pela educação privada terão que
arcar com a educação privada, em alguns casos, de qualidade duvidosa. Só na UNB,
quem não é cotista terá que lutar pelo restante das vagas. Isto porque são 50%
da lei de cotas mais 5% das vagas destinadas a negros (era 20% até 2014). Saiba mais
Na verdade, existe um entendimento de alguns setores de que a
universidade pública deve ser exclusiva dos alunos das escolas públicas. Daí,
sabemos onde vai dar essa universalização do acesso ao ensino superior: o mesmo
caminho já trilhado pela educação básica desde os anos 70!
Outro efeito disso é que a partir de 2016 a concorrência nas
principais faculdades privadas aumentará gradualmente a números que tínhamos há
15 anos atrás, quando o DF tinha apenas umas 3 faculdades privadas tradicionais. Isso significa dizer que a qualidade do
ensino tenderá a melhorar, pois, na verdade, o que faz uma boa faculdade não é
só a existência de mestres, doutores e boa infraestrutura, mas sim de alunos competitivos
que passam por processo seletivos rígidos,
como os das federais, fato que hoje acontece em pequena escala. Assim, são os alunos (que chegam a ser autodidatas),
antes de tudo, que hoje fazem a UNB ser uma boa universidade.
Mas a notícia ruim não para por aí: o contribuinte que arcou com
a formação de seus filhos desde o ensino infantil, em torno de 18 anos de
ensino privado, por não ter um ensino público de qualidade, terá que arcar
ainda com mais 5 anos com a faculdade privada, pois será quase impossível
aprovação para a universidade federal.
A dica para os pais que podem é que coloquem seus filhos nas
escolas mais conteudistas e de ensino forte e exigente. Isso certamente os
manterá aptos a terem melhores chances. E caso não consigam êxito em ingressarem
numa boa universidade federal, ao menos conseguirão levar os seus estudos em
uma faculdade privada de forma mais proveitosa.
Por fim, aos pais das escolas públicas a
dica é que façam como muitos pais já têm feito: coloquem seus filhos em cursos
preparatórios para o vestibular, pois isso aumentará as chances de ingresso nas
universidades públicas. Infelizmente nossos filhos estão sendo mais ainda
pressionados a enfrentarem um sistema nefasto de ingresso no ensino superior. Nessas
condições, o fracasso nem sempre pode ser atribuído aos nossos estudantes.
Por Luis Claudio Megiorin, Presidente da ASPA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
SUA OPINIÃO É MUITO IMPORTANTE PARA A ASPA.
POR GENTILEZA,ENVIE UM E-MAIL PARA: aspadf11@gmail.com PARA FUTUROS CONTATOS.
GRATOS.