EDUCAÇÃO » » CORREIO BRAZILIENSEFé no banco da escola
Embora o Estado brasileiro seja laico, a Câmara dos Deputados debate dois projetos que retiram autonomia dos colégios sobre o ensino religioso. Um torna a disciplina obrigatória nas instituições públicas, e o outro inclui o criacionismo na grade curricular
Embora o Estado brasileiro seja laico, a Câmara dos Deputados debate dois projetos que retiram autonomia dos colégios sobre o ensino religioso. Um torna a disciplina obrigatória nas instituições públicas, e o outro inclui o criacionismo na grade curricular
MANOELA ALCÂNTARA: Publicação: 09/12/2014 11:08 Atualização: 09/12/2014 11:10
A crença cristã de que Deus criou o Universo e a humanidade a partir de Adão e Eva pode virar disciplina obrigatória em todas as escolas públicas e privadas brasileiras. Para sair da Bíblia e ganhar os livros didáticos, a ideia depende de aprovação do Congresso Nacional. Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que pode mudar a grade curricular dos colégios e incluir o ensino do criacionismo. A proposta apresentada em novembro deste ano é do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), pastor evangélico que já se envolveu em polêmicas como a tentativa de aprovação da “cura gay” enquanto presidia a Comissão de Direitos Humanos da Casa.
Além de incluir o criacionismo na grade curricular, Feliciano quer tornar obrigatório o ensino religioso nas escolas públicas. Para isso, propõe a alteração do artigo 33 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) (Leia quadro). Os dois projetos tramitam em conjunto na Comissão de Educação. Se aprovados, serão avaliados ainda nas comissões de Cidadania e de Constituição e Justiça antes de ir a plenário. No Distrito Federal, falta consenso entre religiosos, alunos, professores, pais e especialistas. A maior oposição é acerca da obrigatoriedade, e grande parte defende a autonomia da escola para definir o projeto pedagógico, como garante a atual legislação.
Além de incluir o criacionismo na grade curricular, Feliciano quer tornar obrigatório o ensino religioso nas escolas públicas. Para isso, propõe a alteração do artigo 33 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) (Leia quadro). Os dois projetos tramitam em conjunto na Comissão de Educação. Se aprovados, serão avaliados ainda nas comissões de Cidadania e de Constituição e Justiça antes de ir a plenário. No Distrito Federal, falta consenso entre religiosos, alunos, professores, pais e especialistas. A maior oposição é acerca da obrigatoriedade, e grande parte defende a autonomia da escola para definir o projeto pedagógico, como garante a atual legislação.
COMENTÁRIOS COMPLEMENTARES DA ASPA-DF
ENSINO RELIGIOSO OBRIGATÓRIO, EVOLUCIONISMO E CRIACIONISMO
Entendemos a importância da religião no mundo em que vivemos. O Estado é laico, mas a maioria da população professa em maior ou menor número uma crença religiosa.
Entendemos que o ensino religioso deve ser ensinado de forma não obrigatória, mas esse direito deve ser não só para alunos da rede privada, mas para a pública também, de forma opcional, mas efetiva, o que não ocorre hoje.
Quanto ao evolucionismo e criacionismo entendo que são teorias e devem ser respeitadas. A Bíblia não se presta a ensinar ciência, mas o entendimento da criação do universo pela fé. Assim, tanto evolucionismo quanto o criacionismo podem conviver, cada um respeitando o seu espaço e limitações. Até porque, o criacionismo é importante, pois provoca a ciência a dar respostas a questionamentos ainda não respondidos.
O ensino não pode impor o criacionismo como verdade absoluta, tampouco o evolucionismo, pois existem lacunas ainda não compreendidas por completo.
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