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O EXAME DA OAB E O
DESSERVIÇO DO PARLAMENTO CONTRA A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO
Pais de Alunos estão atônitos com
a proposta da Câmara dos Deputados em permitir que bacharéis de Direito possam
atuar sem o Exame de Ordem durante um período de 3 anos. A proposição é de toda
descabida, é mais um ataque na qualidade da educação dos pífios cursos oferecidos
pelas faculdades privadas. Assim, não temos dúvidas que o lobby dessas
entidades está sendo forte no Congresso Nacional, induzindo os parlamentares a essa
excrecência legislativa.
Não bastava mais nada, após
vermos a UNB amargar o 894º lugar no ranque das mil melhores universidades do
mundo. Assim, o esforço hercúleo que estamos tendo em incentivar e bancar os
estudos dos nossos filhos será mesmo em vão. Leva-se, ainda, em conta também o fato de
que a universalização do ensino superior está trazendo um enfraquecimento na qualidade
do ensino, tudo a reboque de políticas para
facilitar o acesso de muitos alunos despreparados.
Na visão da Aspa, todos os cursos
superiores deveriam passar pelo crivo de um exame nos moldes do que é feito
pela OAB. Isso, se não garante a comprovação da qualidade do ensino que foi
ministrado, ao menos ajuda na responsabilidade das instituições de ensino
superior em oferecer ensino minimamente aceitável. Um dos cursos
que estão na mira da Aspa é o de medicina. Vamos envidar todos os esforços para
apoiar o CFM a criar um exame que ateste a capacidade do futuro médico para que
passe por um exame rigoroso, prático e teórico, para exercer a profissão.
Recentemente, em uma cerimônia
religiosa pela colação de grau de 60 alunos de Direito da UNB, o Pastor em sua
fala despertou risos na plateia, pois falava que os alunos agora teriam ainda
que enfrentar mais um obstáculo, o exame de ordem! Nesse momento, ouviu-se uma
risada dos formandos, pois, na verdade, todos, com exceção apenas de um deles,
já haviam sido aprovados previamente na Ordem! Imagino o orgulho dos formandos,
pais e parentes ali presentes.
Nós, pais de alunos e
contribuintes, os verdadeiros mantenedores dos sistemas de ensino exigiremos do
Congresso Nacional mais respeito com propostas, no mínimo, eleitoreiras que
atentam para a má aplicação dos recursos de nossos impostos e pagamentos de
mensalidades na formação de nossos
filhos. Relativizar a importância de nossos cursos jurídicos é, sim, um duro golpe
na qualidade do ensino.
A propositura descabida da Câmara
dos Deputados deve ser revista, pois atenta também contra a segurança dos
jurisdicionados que serão submetidos a pessoas que ainda não são profissionais
e podem causar grande perda a seus clientes. Seria como permitir que um piloto
de aeronave pudesse voar com avião de passageiros sem o brevê que atestasse que
o candidato tinha passado por todos os testes de habilidades para tanto.
Diante disso, só nos resta irmos
ao Congresso Nacional e ombrear com a OAB Nacional o lobby dos pais de alunos
que não vão tolerar mais esse golpe no sonho de que seus filhos tenham a
segurança da formação profissional. Não queremos facilidades, benesses despropositadas.
Queremos, sim, ensino de qualidade para nossos filhos até a formação final.
Para isso lutaremos, se preciso for até na Justiça, para que iniciativas como
essa morram onde nasceram.
Luis Claudio Megiorin, Advogado, Presidente da ASPA
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