QUANTO À MATÉRIA VEICULADA HOJE NO CB: DESEMPENHO BOM, MAS LONGE DO
IDEAL
A ASPA/CONFENAPA entendem que a
sociedade civil organizada tem feito um esforço hercúleo a fim de participar
dos fóruns de educação nacional e estaduais e estão de olho nos investimentos
que surgirão a partir do PNE - Plano Nacional de Educação. Está previsto um
investimento na ordem de 10% do PIB, o dobro que é empregado atualmente na
educação.
Continuamos a afirmar que: seja qual
for o investimento feito na educação, por mais vultoso que seja, se não
houver a fiscalização na aplicação e gestão desses recursos, principalmente por
parte dos usuários, pais e alunos, organizados em torno de associações de pais
espalhadas pelo Brasil, nada adiantará, todo esforço será em vão.
A fala de Priscila Cruz, do Movimento
Todos para a educação, no Correio Braziliense de hoje, corrobora com esse
entendimento da ASPA/CONFENPA: “Se investimento fosse garantia de
resultado, a realidade brasiliense seria ainda melhor. O DF já esteve melhor em
outros levantamentos. Hoje, é uma prova de que investimento sem gestão adequada não é um bom casamento para
conseguir qualidade. Não adianta ter bons planos no gabinete e não concretizar
em educação boa nas escolas”...
QUANTO O DESEMPENHO DAS ESCOLAS PRIVADAS
O que ainda não foi dito é que existe
um investimento, feito no escuro, nas escolas privadas pelos pais,
contribuintes que pagam dobrado pela educação. Isto porque as escolas que vão
apenas até os 5ºs e 9ºs anos não são avaliadas censitariamente pelo INEP. Assim,
ficam sem nenhuma avaliação ao longo de toda sua existência, pois não possuem o
ensino médio. Muitas escolas privadas têm o ensino compatível ou pior que as
escolas públicas que, por enquanto, só perdem em estrutura.
O Saeb – Sistema de Avaliação da
Educação Básica (Ensino Médio) e a Prova Brasil não avaliam as escolas privadas
e, quando são avaliadas, é por amostragem. Isso já foi pauta de discussão com a
CONFENAPA, ainda na gestão da ex-presidente do INEP MALVINA Tuttmam em 2011.
Veja http://aspadf.blogspot.com.br/2011/11/representante-de-pais-e-alunos-sugere.html. Na ocasião,
entregamos um ofício à então presidente, requerendo que esses métodos de
avaliação fossem estendidos censitariamente às privadas. Até agora não obtivemos
resposta.
O DF tem o ensino, proporcionalmente,
mais privatizado do Brasil. Como sempre dizemos, no DF contamos nos dedos as
escolas que têm efetivamente uma melhor qualidade de ensino. Entra ano e sai
ano essa realidade não muda. Temos 652 escolas públicas e 480 privadas. No
entanto, o número exíguo de escolas com bons resultados só nos mostram o quanto
temos que ficar de olho no dinheiro investido ao longo do ano com escolas.
Por fim, é importante lembrar que o DF
tem uma demanda por educação e por resultados totalmente diferentes das demais
unidades da Federação. Aqui se respira, por falta de opção, os concursos
públicos e a maioria dos pais de alunos sonham em desonerar-se dos gastos
excessivos com a educação ao longo de todo o ensino básico, se seus filhos
forem para uma Universidade Federal.
Luis Claudio Megiorin - Advogado e Presidente
da ASPA-DF e Coordenador da CONFENAPA e membro dos Fóruns Distrital e Nacional
de Educação.
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