(Foto da SEDF)
Como o Seminário tinha por tema “O DIREITO AOS TEMPOS DE APRENDIZAGEM HUMANA”, Megiorin criticou em sua última fala, à tarde, a Resolução nº 6 do CNE que está sendo combatida na Justiça Federal, que cerceia o acesso de milhões de alunos à alfabetização na idade certa, de acordo com a ABC – Academia Brasileira de Ciências que preconiza a alfabetização até os 6 anos de idade. Esse prejuízo é sentido mais pelas crianças pobres, as mais prejudicadas, que não têm opção a não ser ficar em casa e na rua, portanto sem escola até completar os 7 anos e serão alfabetizada fora da idade indicadas pela renomada pesquisa, perto dos 9 anos. (saiba mais: http://aspadf.blogspot.com.br/2012/11/ensino-pais-e-escolas-brigam-na-justica.html )
O Presidente da ASPA, o advogado Luis Claudio Megiorin, participou ontem, a
convite do Secretário da Educação Denilson Bento, do II Seminário do Currículo
em movimento – Uma nova escola é Possível e abordou o tema “O Direito aos Tempos
da Formação Humana”. O Seminário foi uma iniciativa louvável da SEDF que abre espaço
para debates em torno das questões que tanto preocupam os atores envolvidos com
a Educação. O evento contou ainda com as presenças, da esquerda para direita: Prof. Julio Barros (SINPRO), Prof. Jordenes Ferreira Lima (CEDF), Secretário Denilson Bento, Prof. Miguel Arroyo, Luis Claudio Megiorin, (ASPA) e Marcos Mourão (UMESB).
O palestrante foi o renomado Prof. Miguel
Arroyo, que trouxe uma perspectiva de reconstrução estruturante da educação de
forma independente e sem nenhuma interferência externa, inclusive do Judiciário.
Para o professor, é um absurdo judicializar questões pedagógicas. Em sua fala
enfatizou que, sendo a educação um direito, este não deve ser discutido, mas
garantido.
Megiorin ressaltou a importância de não
utilizar indiscriminadamente a reprovação, pois não se pode repassar um ônus do
fracasso da escola aos alunos. Ressaltou também que direitos não são realmente
discutidos, mas a forma como são implantados ou exercidos, pode e é
discutido nos tribunais todos os dias. Aliás, é um direito constitucional, Art.
5º, inc. XXXV que dispõe sobre o Princípio da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional.
Ora, se o Judiciário pode decidir sobre questões da vida e da morte, por que
não o poderia fazê-lo em questões educacionais? Completou.
O ponto central da fala de Arroyo foi que a
contínua reprovação de alunos é um crime e que é a tendência mundial a
progressão continuada. Assim, o palestrante, que é o fundador da Escola Plural
de Belo Horizonte e foi também secretário de educação, enalteceu a iniciativa
da SEDF de implantação dos Ciclos Escolares e a Semestralidade.
Megiorin falou em dois momentos, pela manhã e
à tarde, para uma plateia repleta de professores. Em sua fala, Megiorin
ressaltou a importância da ASPA/CONFENAPA como fiscalizadoras das políticas
públicas voltadas para a educação, condição sine
qua non para o sucesso de todo o esforço realizado pelo Governo na discussão
do PNE plano Nacional de Educação e os investimentos que se pretendem fazer a
partir da aprovação do Projeto em tramitação no Congresso Nacional.
Falou ainda da crescente privatização do
ensino no DF, o ensino mais privatizado do Brasil. Para Megiorin isso somente poderá
ser combatido com a melhoria da qualidade da educação pública para todas as
classes sociais, como ocorre em países do primeiro mundo. Foi ressaltado por Megiorin o necessário reconhecimento
e valorização da carreira de professor que deve começar pelos Pais e Alunos. Segundo
o Presidente, enquanto tivermos escolas com infraestrutura inadequadas e
professores desmotivados nenhuma política pública para educação terá êxito.
Megiorin conclamou aos docentes para que, se
for o caso, abracem a ideia do novo currículo e esforcem-se para passar
segurança aos pais e alunos. Isto porque paira no ar que a categoria está
dividida e insegura com a nova metodologia de ensino.
Como o Seminário tinha por tema “O DIREITO AOS TEMPOS DE APRENDIZAGEM HUMANA”, Megiorin criticou em sua última fala, à tarde, a Resolução nº 6 do CNE que está sendo combatida na Justiça Federal, que cerceia o acesso de milhões de alunos à alfabetização na idade certa, de acordo com a ABC – Academia Brasileira de Ciências que preconiza a alfabetização até os 6 anos de idade. Esse prejuízo é sentido mais pelas crianças pobres, as mais prejudicadas, que não têm opção a não ser ficar em casa e na rua, portanto sem escola até completar os 7 anos e serão alfabetizada fora da idade indicadas pela renomada pesquisa, perto dos 9 anos. (saiba mais: http://aspadf.blogspot.com.br/2012/11/ensino-pais-e-escolas-brigam-na-justica.html )
Megiorin foi de pronto interpelado pelo
eminente Prof. Arroyo que, além de demonstrar desconhecer as evidências
científicas apontadas pela ABC, as refutou de plano. Logo após, em réplica, o
Presidente informou ao respeitável professor sobre a recente pesquisa da ABC.
Mesmo assim Arroyo desautorizou os pesquisadores e disse que neurocientistas
não têm autoridade para indicar a melhor idade de se alfabetizar, mas sim os
pedagogos. Disse ainda que essa luta é empreendida pela classe média e alta. Criticou duramente a ASPA por ir contra a resolução do CNE e defender esse direito dos alunos. Sua fala foi seguida de fortes aplausos da plateia!
Arroyo criticou ainda os métodos de avaliação
empreendidos pelo MEC/INEP, o que agradou à plateia, dizendo que são frutos de
pressões externas como o PISA da OCDE – Organização para Cooperação do
Desenvolvimento Econômico. Para o Palestrante, os métodos de avaliação não têm
como medir o progresso da educação com apenas algumas matérias e que esses
métodos não avaliam somente alunos, mas os professores também.
Para Megiorin essa visão de Arroyo não é
compartilhada nem pela ASPA, tampouco pela CONFENAPA. Os
métodos de avaliação em massa são os únicos instrumentos que os pais e alunos e
contribuintes em geral dispõem para avaliar minimamente a qualidade do ensino,
cujo investimento pesa fortemente na carga tributária. Se algum elogio deve ser
feito ao Governo Federal é a utilização desses métodos. No entanto, sabemos que
todos os tímidos avanços que temos tido no Brasil em educação e em outras áreas
é mérito, não de nossos políticos, mas da pressão da comunidade internacional
que é feita não só no Brasil, mas em todos os países do mundo, destacou
Megiorin.
SAIBA MAIS:
http://www.se.df.gov.br/?p=10728
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http://www.se.df.gov.br/?p=10728
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