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sábado, 24 de março de 2012

Normas de convivência na universidade?! Que país é esse?

Com as desculpas pela ignorância, mas por acaso deveríamos estabelecer normas de convivência na universidade diferentes daquelas usadas para a convivência em sociedade? Ah, já sei, não existem normas para convivência em sociedade... além... da própria Constituição e do Código Civil? Hummm, não sei não.

Pois enquanto o Conselho Universitário discute esses padrões (exclusivos) de convivência – espero que da boa convivência –, o capítulo dos direitos e deveres individuais e coletivos da Constituição, em seu artigo 5º, prega que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros (...) a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança (...)”. Segurança? Esse trecho do texto deve ser alguma piada nesses dias de hoje. E o texto do capítulo continua: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” e – Oh Gosh! – que “ninguém será submetido (...) a tratamento desumano ou degradante”!
Não fosse antes uma desgraça que um bom sinal, o coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes fez questão de dizer que “de forma alguma queremos boas-vindas violentas”. Não tem algo de errado com essa gente? Boas-vindas violentas?! O que seria isso, afinal? Você me cumprimenta e eu te dou um chute?
Confesso que também fiquei preocupado – para minha sorte, o alívio veio logo – ao ler a colocação da repórter Manoela Alcântara, no Correio do sábado 24/3, quando afirmou que “uma brincadeira de mau gosto da turma de mecatrônica envolveu bebidas alcoólicas e até uma arma de choque”. Se alguma coisa é de mau gosto, como pode ser uma brincadeira? Mas a palavra brincar realmente parece deixar espaço para que uns brinquem enquanto outros sofrem. E, de fato, é isso o que acontece nesses trotes estúpidos promovidos pelos filhotes malcriados dos papais da classe média-alta. A continuidade desses trotes é a garantia da perpetuação da falta de valores na sociedade. O aluno quer ter uma profissão, uma casa, um carro, viajar para o exterior. Quer que seu filho estude nas melhores escolas – privadas, claro; as escolas públicas continuam sendo o reduto dos sem-dinheiro. E perde seu precioso tempo elaborando trotes maldosos e covardes?
Como disse o amigo Abraham Lincoln, “se quer testar a honestidade de um homem, dê-lhe dinheiro; se quer testar-lhe o caráter, dê-lhe poder.” Esses marmanjos estão em recuperação na formação de seu caráter. E enquanto se vangloriam de cursarem uma universidade, nem mesmo limitam a ela sua atuação egoísta. Fazem balbúrdia na vizinhança. Impedem o trânsito de moradores em quadras próximas à UnB. Com que direito? Não deveriam estar se preparando para o futuro do país? Mas fazem festas de quarta à sábado. Pior que isso, fala-se, pelos “corredores” da cidade, que muitos alunos estão na universidade se preparando para os concursos públicos. Ao menos virão a ser bons funcionários? Bons profissionais? Porque, qualquer que seja o caso, nosso futuro estará nas mãos deles.
Chega dessa besteira. Chega dessa mediocridade. É preciso ser contundente, é preciso austeridade para lidar com essa prática funesta. Seriam esses alunos ditos “veteranos” mais importantes que os calouros? Seriam os primeiros mais inteligentes? Deveriam eles se manter lembrados de que não necessariamente serão os chefes dos atuais calouros e poderão mesmo se tornar seus subordinados. Num momento em que precisamos de paz e de harmonia, essa classe privilegiada – pelo menos ela –, ao invés de ficar perdendo tempo vergonhosamente humilhando pessoas, poderia despertar para a necessidade de uma rotina diária menos estressante, mais amigável, mais sustentável. Não é essa a palavra de ordem? Cuidar do meio-ambiente, cuidar da saúde, poupar para o futuro... Será que ninguém está aprendendo nada?
Marcus M Riether, Conselheiro da ASPA.
 Fiat lux.

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