ENSINO INTEGRAL: UMA DAS SOLUÇÕES PARA MELHORIA DA EDUCAÇÃO

A Matéria do Correio Brazilense veiculada hoje, sob o tema: União pela escola integral, dá conta de que o Ministério da Educação está se empenhando para implantar o ensino integral no país. A ASPA e a CONFENAPA recebem a notícia com esperança de que a partir dessa nova investida do Governo o ensino no Brasil avance em qualidade e em conteúdo.

O nosso intrincado sistema de ensino, aliado à falta de uma escola com ensino integral, não deixa espaço para milagres. O “cobertor é curto”. Não dá para exigir muito das escolas que têm em média somente 4h30 de aula por dia para desenvolver todo o conteúdo programático muito diferente do tradicional. Assim, cada escola apresenta um perfil. Uma escola não consegue cumprir tudo o que promete: a formação intelectual com conteúdo "inovador" para enfrentar o exigente mercado de trabalho e diversão, esporte  e outros aspectos que os pais às vezes julgam importantes. 

Se os pais querem muitas atividades lúdicas, esportivas, apresentações, línguas diferentes além do inglês e espanhol, festas ou ensino religioso e ético têm que saber que esse tempo será tirado de alguma outra atividade, normalmente do conteúdo relevante, ou seja, português, matemática, dentre outros. Outro perfil de escola, as que têm se destacado nas avaliações do MEC/ENEM e aprovação no PAS da UNB, não usam muito tempo para atividades lúdicas, pois não sacrificam o conteúdo em detrimento da diversão.

Diante dessa realidade, cabe aos pais escolherem o que é prioridade para a educação de seus filhos, não exigindo aquilo que a escola não pode dar. Pais às vezes reclamam que o ensino de matérias extracurriculares não é forte, que o inglês podia ser melhor ou que as aulas de artes deixam a desejar. Ledo engano, a questão é matemática: em 4h e 30 min  de aulas diárias as escolas têm que focar no que interessa.

Um exemplo claro disso é: escolas que participam do PROERD (Programa de combate às drogas da PM). Esse programa é dado em 12 aulas no 5º ano. A escola tem que decidir onde encaixar essa disciplina na grade horária. Assim, tivemos dois exemplos: a escola  “A”, em que se prioriza o preparo dos alunos, utilizou uma das aulas de educação física. A outra, que chamaremos de “B”, que prioriza a parte lúdica, utilizou um horário da aula de português! Assim, não é difícil entender o foco da escola “A” em relação à escola “B”.

Infelizmente esse é o nosso sistema de ensino em que os alunos não gastam tempo para reflexão e debates. Além do que falta espaço para matérias que visam a formação global do indivíduo. Para mudar essa realidade, a escola integral pode ser a solução. Um alívio para os pais que têm que se revezar andando pra lá e pra cá buscando a complementação para o desenvolvimento dos filhos em aulas de natação, música, ballet, reforço escolar, dentre outros. Sem contar o tempo gasto e o estresse, além da maior circulação de carros pela cidade. Para as crianças das Escolas Públicas, significa menos tempo na rua. Sem dúvida, se a educação integral for bem implementada será uma revolução no desenvolvimento de nossas crianças.

“A educação integral será um avanço para os estudos de nossos filhos. Começará, pelo visto, com a escola pública. A tendência é que as escolas privadas adiram ao sistema a fim de oferecerem essa modalidade aos alunos. Enquanto isso não acontece, para quem pode, o jeito é buscar fora das escolas as atividades complementares”, afirma Luis Cláudio Megiorin, Presidente da ASPA-DF e Coordenador da CONFENAPA.